que fazemos ?
quando tudo parece
começar a desmoronar-se à nossa volta?
existirá gruta suficientemente
profunda onde nos possamos esconder?
ou calçamos os nossos sapatos “de ir aqui e acoli”, pomos um
pé à frente do outro e avançamos?
tempestades quase nos derrubaram,
viraram-nos do avesso,
turvaram as nossas convicções,
assombraram os nossos sonhos de amor e verdade absoluta,
obscureceram as nossas memórias de juventude eterna.
crescemos,
ficámos velhos,
perdemos paciência, peso, cabelo,
e coisas que nunca se deveriam perder!
ganhámos rugas, coragens insuspeitas e carinhos
desconhecidos
sofremos de constipações, depressões , operações e
irritações
tivemos cumplicidades inesperadas e atitudes disparatadas
rimos de parvoíces, gritámos por meiguices,
chorámos de dores visíveis
e indizíveis
Agora, hoje, antes que alguém diga o que quer que seja,EU TENHO QUE DIZER
SOMOS FORTES! E SOMOS CAPAZES!
Para mim, nada mais interessa.
A "pitóca"